Os erros mais comuns no início da advocacia e como evitá-los

setembro 03, 2025


 

Errar faz parte do processo de aprendizado, mas alguns erros podem ser evitados com planejamento e conhecimento. Aqui estão os mais comuns entre advogados iniciantes:

1. Subestimar a importância do marketing jurídico

O direito é uma profissão de reputação. Mas reputação não se constrói sozinha.

Muitos jovens advogados ainda acreditam que basta entregar cartões de visita ou esperar indicações para conquistar clientes. Isso até funciona em alguns casos, mas o alcance é extremamente limitado.

Hoje, quem não aparece, não existe. As redes sociais são a vitrine da advocacia contemporânea. Mostrar seu conhecimento em posts, artigos, vídeos e palestras não é apenas "propaganda", mas uma forma de gerar autoridade e educar potenciais clientes.

Exemplo: um advogado que publica conteúdos explicando de forma simples direitos trabalhistas ou penais consegue ser lembrado quando alguém da sua rede enfrenta exatamente aquele problema.

2. Não gerir bem o tempo

Na advocacia, prazos não são apenas burocracia: são a linha entre o sucesso e a tragédia processual.

Muitos iniciantes pecam por não terem método. Vão acumulando compromissos, esquecendo audiências, misturando atividades pessoais e profissionais. Resultado: caos, ansiedade e risco de falhas graves.

Ferramentas simples podem mudar isso: calendários digitais (Google Agenda, Outlook), softwares jurídicos de gestão de prazos, ou até mesmo planners físicos. O segredo não é só anotar, mas ter disciplina para seguir sua organização.

Exemplo: um advogado que centraliza prazos num sistema e organiza sua semana evita surpresas de última hora e trabalha com mais tranquilidade.

3. Falta de planejamento financeiro

Abrir um escritório não é só exercer a advocacia, é também administrar um negócio.

Muitos colegas se empolgam no início e gastam com aluguel caro, mobília sofisticada, marketing impulsionado sem estratégia. Meses depois, percebem que não têm fluxo de caixa para se sustentar.

Outro ponto: não calcular corretamente seus honorários. Aceitar valores baixos só para "não perder o cliente" pode inviabilizar sua carreira.

É essencial saber quanto você precisa faturar por mês para cobrir custos fixos e, a partir daí, precificar seus serviços de forma justa.

Exemplo: se o escritório gasta R$ 5.000,00/mês, o advogado precisa saber quantos contratos e de quais valores precisa fechar para se manter saudável financeiramente.

4. Aceitar qualquer caso sem análise

É tentador, no início, aceitar qualquer cliente que bate à porta. Afinal, há contas para pagar.

Mas essa escolha pode trazer dores de cabeça maiores que o benefício. Casos que não estão dentro da sua área de atuação, clientes com perfil problemático ou causas inviáveis podem comprometer seu tempo, sua energia e até sua reputação.

Exemplo: um advogado recém-formado em penal aceitar uma demanda complexa de direito tributário pode gastar horas estudando, sem entregar a melhor performance, e ainda frustrar o cliente.

É muito melhor dizer “não” para um caso fora da sua expertise do que comprometer sua credibilidade.

5. Não buscar apoio ou orientação

O advogado iniciante muitas vezes acredita que precisa “provar que dá conta sozinho”.

Essa mentalidade é perigosa. A advocacia é feita de colaboração: aprender com colegas mais experientes, participar de grupos de estudo, buscar mentoria e até dividir casos pode acelerar seu crescimento exponencialmente.

Exemplo: participar da Comissão da OAB da sua cidade pode gerar conexões, aprendizado e até parcerias profissionais.

Errar faz parte do aprendizado, mas aprender com os erros dos outros é um atalho poderoso. Advocacia não é só conhecimento técnico, é também gestão, estratégia e inteligência emocional.

Quanto antes o advogado iniciante compreender isso, maiores serão suas chances de construir uma carreira sólida e respeitada.

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