O medo advoga contra você
maio 28, 2019
Qualquer que seja a profissão que estudamos, quando partimos para a fase dos estágios e começamos a conviver com os profissionais que um dia (provavelmente) seremos, passamos a perceber perfis diversos. Uns arrogantes, outros super talentosos, humildes, fajutos, brabos, modernos, empáticos, confiantes, loucos, inseguros, entre outros. Hoje vamos focar nos inseguros.
O ser humano tem por natureza complexo de inferioridade, colocando-se sempre atrás dos outros. Fulano é mais inteligente, Ciclano é mais carismático, Beltrano me vence fácil. E isso não é tão ruim, se tiver limites! A partir do momento que eu penso: "fulano é melhor do que eu", minha tarefa é estudar, me esforçar e dedicar para supera-lo, em vez de simplesmente aceitar ser "inferior".
No livro pai rico, pai pobre, tem um ensinamento magnífico que trago a vocês:
O bem sucedido faz do fracasso motivação para melhorar, por isso é um vencedor.
O mal sucedido faz do fracasso um ponto final, por isso é um derrotado.
Com base nessa reflexão, temos que ter em mente que por mais inseguros que pensamos em ser, na maioria das vezes estamos nos subestimando. A frase é clichê, contudo é um fato verídico: “Acredite no seu potencial, você é mais forte do que imagina”. Essa frase é popular nas redes sociais em páginas de motivação e super utilizadas por coachings, mas a verdade é que é fato.
Fiz essa breve introdução para entrar no assunto. Como no meu caso estudo Direito, vivo em meio a advogados e advogadas com os mais variados perfis. O que mais me chamou a atenção na semana passada foi um perfil inseguro, onde comecei a refletir...
O advogado é imprescindível a administração da justiça, tendo, inclusive, função social, haja vista que defende os interesses dos cidadãos. Um advogado tem que ter garra, sangue no olho, ambição (não ganância), fazer o possível e o impossível em nome dos interesses do seu cliente, cidadão que o confiou a proteção dos seus direitos.
Um advogado inseguro, não põe em risco apenas a sua profissão, mas também os direitos que representa. Imagine um médico, você chega com pedras nos rins prontas para estourarem e precisa de uma cirurgia de emergência, e o médico que vai lhe atender é inseguro? Sua vida corre risco, pois a insegurança (não tratada), causa pânico, imperícia, o que acaba resultando em incompetência. Na medicina o que temos em jogo é a vida, no direito a liberdade, a honra e o patrimônio.
Um criminalista que advoga para supostos bandidos, supostos traficantes, líderes de facção, se não forem confiantes no que fazem e no que dizem, provavelmente serão mortos.
Um civilista, trabalhista e afins, se não forem confiantes no que dizem, provavelmente morrerão de fome, pois se um advogado não confia em si mesmo, porque o cliente vai confiar? Porque o juiz vai? Porque alguém vai?
Tudo bem, como eu falei lá no início, a insegurança é inata, mas ela pode ser trabalhada e combatida, afinal, o ser humano é passível de evolução. A grama do vizinho não é mais verde, é o reflexo do sol que muda sua percepção. O concorrente pode até ser talentoso e famoso por seus resultados e diante disso você tem duas opções: (i) aceitar e fazer o possível ou (ii) fazer o impossível e vencer o suposto melhor. Eu, particularmente, ficaria com a segunda opção.
Nunca esqueçam de duas coisas:
1 - você é melhor do que pensa ser;
2 - esforço e dedicação superam talento natural.
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