[RESENHA] “Chefe de Mim”, de Nathalia Arcuri: um guia para assumir o comando da própria vida e do próprio dinheiro
Finanças novembro 05, 2025Quando terminei a leitura de Chefe de Mim, da Nathalia Arcuri, tive a sensação de que não estava apenas com um livro nas mãos, mas com um espelho e um manual ao mesmo tempo. Um espelho porque, em vários momentos, me vi nas situações descritas; e um manual porque ela oferece, de forma prática e acessível, caminhos reais para quem quer assumir o controle da própria vida, especialmente no que diz respeito às finanças e às escolhas que fazemos todos os dias.
Falo isso porque sempre acreditei que independência financeira e liberdade pessoal caminham juntas, mas o livro me ajudou a enxergar como essas duas coisas se conectam de forma concreta. A Nathalia parte de uma ideia central: ser “chefe de si” não é largar tudo e virar empreendedor da noite para o dia, mas desenvolver autonomia, consciência e responsabilidade sobre o próprio futuro. Esse conceito, por si só, já tira o peso das fórmulas milagrosas e coloca o foco no que realmente importa: decisão, planejamento e atitude.
Um ponto que me marcou bastante é como ela desmistifica a ideia de que dinheiro é só para quem já tem muito. Ao contrário, o livro mostra que planejamento financeiro é uma ferramenta de liberdade, inclusive para quem está começando agora, tem salário apertado ou nunca conseguiu guardar nada. Ela conversa com quem está no início, com quem está recomeçando e até com quem já tentou várias vezes e não conseguiu manter uma organização.
Outro aspecto valioso é o incentivo ao autoconhecimento. Antes de falar de investimento, reserva de emergência ou metas financeiras, a autora nos provoca a refletir sobre hábitos, crenças limitantes e padrões de comportamento que nos fazem gastar energia (e dinheiro) no piloto automático. É quase impossível ler sem fazer uma autoavaliação honesta.
Ao longo do livro, a Nathalia apresenta exemplos e situações do cotidiano que ajudam a traduzir o planejamento financeiro para a vida real. Ela mostra que organizar as contas, traçar objetivos e aprender a investir não é algo distante, técnico ou inacessível. Pelo contrário: é um processo construído aos poucos, com escolhas coerentes e constância, e que pode começar com passos simples.
Também gostei muito da forma como ela integra desenvolvimento pessoal ao dinheiro. Ela fala de propósito, de aprender a dizer não, de trocar o medo por estratégia e de parar de terceirizar o próprio destino. É um lembrete de que ninguém vai fazer por nós aquilo que a gente se recusa a assumir: a liderança sobre a própria vida.
O tom do livro é leve, direto e motivador. Mesmo quem nunca teve contato com educação financeira consegue entender e se sentir capaz de aplicar o que aprende. E quem já tem alguma noção do assunto encontra novas perspectivas para aprofundar o planejamento e alinhar finanças com qualidade de vida.
Não vou entrar em spoilers sobre os exemplos ou a forma como ela estrutura os passos, porque parte da experiência está justamente em ir se identificando ao longo da leitura. Mas posso dizer que terminei com a sensação de que ser “chefe de mim” não é uma frase de efeito, é um caminho possível e necessário, e depende muito mais de postura do que de circunstâncias ideais.
Se você quer dar um passo adiante no controle da sua vida financeira, repensar suas escolhas e assumir o protagonismo do seu futuro, esse livro é uma excelente leitura.
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